Domingo, 22 de Março de 2009

 

 Plano da visita: Visita a aldeia do alto de Lindoso, visita a central eléctrica/ barragem do alto de Lindoso
Hora de partida: 8.56h
Estradas percorridas: A42;A11; A3; IC28 saída da ponte da barca
Hora de chegada lá: 11.05
Hora de chegada cá:
 
Cenário: Quando lá cheguei, e olhei em volta tudo o que vi foi, uma população que não sofreu o desenvolvimento.
*       Em volta apenas se viam casas velhas, a cair aos poucos, a maioria desabitadas.
*       Estradas, ruas estreitas, em más condições, uma grande parte delas nem sequer tinha capacidade para um carro, estradas que tinham apenas uma via, etc.
*       Em termos de população pode observar que a facha etária predominante é a idosa, lá quase não á crianças
 
Ao ver aquilo tive um sentimento de tristeza, pois é pena ver uma terra como aquela, ficar assim desertificada, pensar que daqui a alguns anos aquela aldeia vai ser desertificada, não vai ter habitantes. E ao ver o olhar daquelas poucas pessoas idosas que lá viviam ainda me dava um sentimento mais triste.
 
Em entrevista a algumas pessoas eu tive as seguintes conclusões:
   PS: as entrevistas foram feitas a pessoas que passavam na rua, daí os entrevistados em questão, terem idades avançadas.
Casal de idosos com 83/84 anos e uma senhora de 61-Têm sentido uma grande diferença dos últimos anos para cá?
-Sim, antigamente viam-se crianças a brincar pelas ruas, viam-se os nossos campos cultivados, dava gosto viver aqui, no entanto, com o passar dos anos, as crianças deixaram de brincar pois já não haviam, pois os seus pais começaram a ir para a cidade, hoje já não há alegria nas ruas, praticamente não a vida, vimos dar um passeio nas ruas e apenas vemos pessoas idosas como nos, tem morrido muito gente para a que nasce, as pessoas aqui ou morrem, ou estão doentes, cada vês temos menos condições de vida, as pessoas vão todas para as cidades e esquecem-se aqui de nos.
 
 
 
 
- O que sente ao ver a aldeia a desertificar-se assim desta maneira?
-Sentimos uma grande tristeza, pelas pessoas não nos darem o devido valor, por não investirem aqui da mesma maneira que investem no litoral. Ficamos tristes também ao pensar que tudo o que nos fizemos na nossa vida, que aqui o sitio onde vivemos vai “desaparecer”, ficar desabitado. Temos pena que tenha de ser assim. Mas vai ser assim pois nos/as pessoas aqui não vivem, não tem condições.
-Um dos seus sonhos era ir para a cidade?
- Não, apesar de tudo estamos bem aqui, foi aqui que passamos a nossa vida, e aqui é tudo muito mais sossegado, é melhor viver aqui apesar de não haver muitas coisas como há nas cidades. Por exemplo: aqui a menos hospitais, escolas, etc.
- Quantos filhos tiveram? Quantos vivem aqui? Porque saíram? Como se sente por não poder tar com eles’
 - O casal – tivemos 12 filhos e infelizmente todos eles foram para o litoral e estrangeiro. Sentimo-nos triste por não poder-nos estar com as pessoas que mais gostamos, com os nossos filhos e por não poder-nos acompanhar o crescimento dos nossos netos, mas ao mesmo tempo sabemos que eles estão melhor onde estão, do que se estivessem aqui. E se estão melhor isso descansamos. É uma alegria quando eles em Agosto vêm cá há terra.
 
 Informação extra a cerca da aldeia:
*       Não tem mercearias é uma carrinha que vai lá aos sábados;
*       O centro de saúde mais próximo fica a cerca de 26 km e as estradas de caminho são cheias de curvas;
*       As pssoas de lá pedem um lar, ( fizeram lá uma escola para os idosos aprenderem a falar melhor a língua portuguesa, eles dizem que queriam o lar e não a escola).
 
 
A casa
Na aldeia houve uma casa que se destacou, e que quando m lembro do passeio me vem logo a memória. Não sei de quem é a casa e muito menos para que serve, apenas me lembro dela porque era nela que estava a chave para uma das perguntas do pedipeiper.
 
 
 
 
 
Castelo
 
Esta é a vista do castelo pela parte de fora. (vista do local onde estavam os autocarros)
 
 
 
 
 
 
 
 
A entrada do castelo
 
Os espigueiros que rodeavam o castelo. Serviam para guardar os cereais dos agricultores.
 
            Já na barragem do alto do Lindoso/ central eléctrica
 
A barragem situa-se no rio lima na zona do alto Minho junto a fronteira com Espanha.
A barragem do alto do Lindoso começou a ser construída em 1988 e apenas terminou em 1993.
Custou aproximadamente 148 milhões de euros.
Na sua construção contou com um morto por ano, excepto num ano que não ouve nenhum e noutro ano que houve dois.
A central encontra-se aproximadamente 350 metros abaixo do nível médio das aguas do mar.
A Barragem é de betão, do tipo abóbada com 110m de altura e com desenvolvimento no coroamento de 297m, 
 
Esta barragem passou a ser o mais potente centro hidroeléctrico de Portugal.
 
Funciona também como reguladora do caudal do rio lima, juntamente com a barragem de Touvedo.
A construção das obras mobilizou cerca de duas dezenas de empreiteiros e fornecedores de equipamentos. Perto de 1 500 trabalhadores concentraram-se nos estaleiros, na fase mais intensa dos trabalhos.
Para construírem lá a barragem foi necessário melhorarem as estradas, fazer pontes, ou seja, aquela zona ficou mais desenvolvida a nível de vias de comunicação.
Porque que a barragem foi feita naquele local?
Para a realização da barragem foi necessário inundar uma aldeia, naquele local havia uma baixa densidade populacional, daí terem escolhido aquele local.
Cerca de 75 % do território inundado é espanhol. E também devido ao caudal ecológico do rio.
 
Fazem parte dela 2 rios. São eles o rio Lima e o rio de Laboredo.
 
 
As turbinas – No seu conjunto pesam 290 toneladas. Produz cerca de 320 m cúbicos por segundo.
É a partir delas que a água passa para o outro lado da barragem mantendo assim, a sobrevivência das espécies que se encontram do outro lado da barragem. Tal coisa acontece, devido ao protocolo que a barragem(os seus dirigentes) fizeram com o ministério do ambiente em que tem de descarregar uma certa quantidade de agua por ano.
Existem duas turbinas:
*      Uma com a válvula de forma esférica;
*      Outra com a válvula de forma de borboleta
Houve a necessidade de fazerem 2 turbinas, pois caso uma turbina avariasse á sempre a outra para manter o funcionamento (não podem parar), e também porque havia muita pressão se fosse só a esférica. Ambas são do tipo Francis. O nome deve-se ao seu criador, o senhor Francis, era francês.
 
Diferenças:
A 1º tem uma forma esférica, e é a responsável pela grande maioria do escoamento da agua.
A 2º tem a forma de borboleta, pois ela fecha como as asas de uma borboleta.
Na de forma de borboleta a agua tanto, passa por cima como por baixo enquanto na de forma esférica só passa por baixo.
A de borboleta tem 3 m de diâmetro enquanto a outra tem 6.
A que tem a forma circular aguenta mais potencia.
 
 
 
 
Produção
Produção média estimada em 970 milhões de KWh equivalente ao consumo anual de 440 000 portugueses. Essa energia é toda aproveitada por Portugal, embora aja algumas excepções e seja aproveitada em Espanha. Se estiver sempre a funcionar produz energia para o equivalente a cidade do Porto.
 
As condições que limitam a potencia são:
*      A queda (a medida que desce a produção vai diminuindo)
*      Consoante a potência da água
 
Os tipos de energia produzidos
Produz energia hídrica que é a agua efectiva, depois quando abrem as condutas ( é o transito da água) passa a ser energia sindética.
A energia mecânica é rotativa, é a turbina que gira.
 
Algumas características
Características hidrológicas
Área da Bacia Hidrográfica - 1525 km2
Precipitação média anual - 1950 mm
Caudal integral médio anual - 1329200 x 1000 m3
Caudal de cheia - 3500 m3/s
Período de retorno - 1000 anos
 
Características da albufeira
Área inundada ao NPA - 1050 x 1000m2
Capacidade total - 379010 x 1000m3
Capacidade útil - 347910 x 1000m3
Nível de pleno armazenamento (NPA) - 338 m
Nível de máxima cheia (NMC) - 339 m
Nível mínimo de exploração (Nme) - 280 m
 
Túnel de restituição - Tem 5 km de comprimento, tem um diâmetro de 9 metros, o equivalente a 1 prédio de 3 andares e debita 250 metros cúbicos por segundo.
A agua é tanta que tiveram de realizar na jusante um outro aproveitamento, chamado Touvedo, que é um aproveitamento de encaixe. Houve a necessidade de fazer isto, pois, se isto debitasse tudo assim, levava tudo a frente, não havia pescador, pessoa, que resistisse e por isso haveria muitas mortes. Então fizeram um aproveitamento a 17 km de lá, que retêm toda esta água, é o chamado aproveitamento por encaixe. Primeiro segura a água e depois vai libertando-a lentamente, pois tem uma torbina de 25 mgwts.
 
      Elevador de peixes
Como o caudal do rio lima é uma zona de Lampreia, e de outros peixes, com a construção da barragem essas espécies podiam vir a desaparecer, pois tinham-lhes cortado o caminho. Então o ministério do ambiente, a Quercus queixavam-se logo dizendo que iam matar os peixes todos. Para combater isto antigamente havia as escadas de peixe, mas elas não podem passar de 18/19 metros. E a nossa barragem tem mais do que isso, então inventaram o elevador. Atrai os peixes e depois é automático o elevador sobe, desce.
 
Condutores eléctricos
Os condutores eléctricos, como o próprio nome diz conduzem a energia, do local onde ela é produzida até as centrais.
O facto de terem amplitudes térmicas muito grandes, origina condensações dentro da conduta.
Por tudo isto, o perigo de uma descarga eléctrica era iminente por isso houve a necessidade de proteger nos ser humano. Por isso é que estão protegidos por tubos amarelos, e tem ar quente a circular, lá dentro.
 
 
   
 
 
Sala de automatismos
Esta barragem está ligada com o centro nacional de telecomunicações que se encontra na régua.
A sala de automatismos faz a gestão de todo o equipamento.
E fazem isso sozinhos. Eles se detectarem alguma avaria em alguma maquina eles automaticamente retiram-na de funcionar.
 
 
Algumas coisas a saber:
Foi a 1 central da península Ibérica a ser certificada com o prémio de segurança e Prevenção do trabalho.
Este aproveitamento hidroeléctrico foi galardoado, em 1994, com o IV Prémio Internacional Puente de Alcântara, instituído pela Fundação San Benito de Alcántara (Espanha), galardão que distingue as obras públicas de maior importância realizadas em Espanha, Portugal e países Latino-Americanos.
 
 
 
Trabalho realizado por: Daniela Alves nº8 10c

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publicado por danielapedrix às 14:16
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