Plano da visita: Visita a aldeia do alto de Lindoso, visita a central eléctrica/ barragem do alto de Lindoso
Hora de partida: 8.56h
Estradas percorridas: A42;A11; A3; IC28 saída da ponte da barca
Hora de chegada lá: 11.05
Hora de chegada cá:
Cenário: Quando lá cheguei, e olhei em volta tudo o que vi foi, uma população que não sofreu o desenvolvimento.
Em volta apenas se viam casas velhas, a cair aos poucos, a maioria desabitadas.
Estradas, ruas estreitas, em más condições, uma grande parte delas nem sequer tinha capacidade para um carro, estradas que tinham apenas uma via, etc.
Em termos de população pode observar que a facha etária predominante é a idosa, lá quase não á crianças
Ao ver aquilo tive um sentimento de tristeza, pois é pena ver uma terra como aquela, ficar assim desertificada, pensar que daqui a alguns anos aquela aldeia vai ser desertificada, não vai ter habitantes. E ao ver o olhar daquelas poucas pessoas idosas que lá viviam ainda me dava um sentimento mais triste.
Em entrevista a algumas pessoas eu tive as seguintes conclusões:
PS: as entrevistas foram feitas a pessoas que passavam na rua, daí os entrevistados em questão, terem idades avançadas.
Casal de idosos com 83/84 anos e uma senhora de 61-Têm sentido uma grande diferença dos últimos anos para cá?
-Sim, antigamente viam-se crianças a brincar pelas ruas, viam-se os nossos campos cultivados, dava gosto viver aqui, no entanto, com o passar dos anos, as crianças deixaram de brincar pois já não haviam, pois os seus pais começaram a ir para a cidade, hoje já não há alegria nas ruas, praticamente não a vida, vimos dar um passeio nas ruas e apenas vemos pessoas idosas como nos, tem morrido muito gente para a que nasce, as pessoas aqui ou morrem, ou estão doentes, cada vês temos menos condições de vida, as pessoas vão todas para as cidades e esquecem-se aqui de nos.
- O que sente ao ver a aldeia a desertificar-se assim desta maneira?
-Sentimos uma grande tristeza, pelas pessoas não nos darem o devido valor, por não investirem aqui da mesma maneira que investem no litoral. Ficamos tristes também ao pensar que tudo o que nos fizemos na nossa vida, que aqui o sitio onde vivemos vai “desaparecer”, ficar desabitado. Temos pena que tenha de ser assim. Mas vai ser assim pois nos/as pessoas aqui não vivem, não tem condições.
-Um dos seus sonhos era ir para a cidade?
- Não, apesar de tudo estamos bem aqui, foi aqui que passamos a nossa vida, e aqui é tudo muito mais sossegado, é melhor viver aqui apesar de não haver muitas coisas como há nas cidades. Por exemplo: aqui a menos hospitais, escolas, etc.
- Quantos filhos tiveram? Quantos vivem aqui? Porque saíram? Como se sente por não poder tar com eles’
- O casal – tivemos 12 filhos e infelizmente todos eles foram para o litoral e estrangeiro. Sentimo-nos triste por não poder-nos estar com as pessoas que mais gostamos, com os nossos filhos e por não poder-nos acompanhar o crescimento dos nossos netos, mas ao mesmo tempo sabemos que eles estão melhor onde estão, do que se estivessem aqui. E se estão melhor isso descansamos. É uma alegria quando eles em Agosto vêm cá há terra.
Informação extra a cerca da aldeia:
Não tem mercearias é uma carrinha que vai lá aos sábados;
O centro de saúde mais próximo fica a cerca de 26 km e as estradas de caminho são cheias de curvas;
As pssoas de lá pedem um lar, ( fizeram lá uma escola para os idosos aprenderem a falar melhor a língua portuguesa, eles dizem que queriam o lar e não a escola).
A casa
Na aldeia houve uma casa que se destacou, e que quando m lembro do passeio me vem logo a memória. Não sei de quem é a casa e muito menos para que serve, apenas me lembro dela porque era nela que estava a chave para uma das perguntas do pedipeiper.
Castelo
Esta é a vista do castelo pela parte de fora. (vista do local onde estavam os autocarros)
A entrada do castelo
Os espigueiros que rodeavam o castelo. Serviam para guardar os cereais dos agricultores.
Já na barragem do alto do Lindoso/ central eléctrica
A barragem situa-se no rio lima na zona do alto Minho junto a fronteira com Espanha.
A barragem do alto do Lindoso começou a ser construída em 1988 e apenas terminou em 1993.
Custou aproximadamente 148 milhões de euros.
Na sua construção contou com um morto por ano, excepto num ano que não ouve nenhum e noutro ano que houve dois.
A central encontra-se aproximadamente 350 metros abaixo do nível médio das aguas do mar.
A Barragem é de betão, do tipo abóbada com 110m de altura e com desenvolvimento no coroamento de 297m,
Esta barragem passou a ser o mais potente centro hidroeléctrico de Portugal.
Funciona também como reguladora do caudal do rio lima, juntamente com a barragem de Touvedo.
A construção das obras mobilizou cerca de duas dezenas de empreiteiros e fornecedores de equipamentos. Perto de 1 500 trabalhadores concentraram-se nos estaleiros, na fase mais intensa dos trabalhos.
Para construírem lá a barragem foi necessário melhorarem as estradas, fazer pontes, ou seja, aquela zona ficou mais desenvolvida a nível de vias de comunicação.
Porque que a barragem foi feita naquele local?
Para a realização da barragem foi necessário inundar uma aldeia, naquele local havia uma baixa densidade populacional, daí terem escolhido aquele local.
Cerca de 75 % do território inundado é espanhol. E também devido ao caudal ecológico do rio.
Fazem parte dela 2 rios. São eles o rio Lima e o rio de Laboredo.
As turbinas – No seu conjunto pesam 290 toneladas. Produz cerca de 320 m cúbicos por segundo.
É a partir delas que a água passa para o outro lado da barragem mantendo assim, a sobrevivência das espécies que se encontram do outro lado da barragem. Tal coisa acontece, devido ao protocolo que a barragem(os seus dirigentes) fizeram com o ministério do ambiente em que tem de descarregar uma certa quantidade de agua por ano.
Existem duas turbinas:
Uma com a válvula de forma esférica;
Outra com a válvula de forma de borboleta
Houve a necessidade de fazerem 2 turbinas, pois caso uma turbina avariasse á sempre a outra para manter o funcionamento (não podem parar), e também porque havia muita pressão se fosse só a esférica. Ambas são do tipo Francis. O nome deve-se ao seu criador, o senhor Francis, era francês.
Diferenças:
A 1º tem uma forma esférica, e é a responsável pela grande maioria do escoamento da agua.
A 2º tem a forma de borboleta, pois ela fecha como as asas de uma borboleta.
Na de forma de borboleta a agua tanto, passa por cima como por baixo enquanto na de forma esférica só passa por baixo.
A de borboleta tem 3 m de diâmetro enquanto a outra tem 6.
A que tem a forma circular aguenta mais potencia.
Produção
Produção média estimada em 970 milhões de KWh equivalente ao consumo anual de 440 000 portugueses. Essa energia é toda aproveitada por Portugal, embora aja algumas excepções e seja aproveitada em Espanha. Se estiver sempre a funcionar produz energia para o equivalente a cidade do Porto.
As condições que limitam a potencia são:
A queda (a medida que desce a produção vai diminuindo)
Consoante a potência da água
Os tipos de energia produzidos
Produz energia hídrica que é a agua efectiva, depois quando abrem as condutas ( é o transito da água) passa a ser energia sindética.
A energia mecânica é rotativa, é a turbina que gira.
Algumas características
Características hidrológicas
Área da Bacia Hidrográfica - 1525 km2
Precipitação média anual - 1950 mm
Caudal integral médio anual - 1329200 x 1000 m3
Caudal de cheia - 3500 m3/s
Período de retorno - 1000 anos
Precipitação média anual - 1950 mm
Caudal integral médio anual - 1329200 x 1000 m3
Caudal de cheia - 3500 m3/s
Período de retorno - 1000 anos
Características da albufeira
Área inundada ao NPA - 1050 x 1000m2
Capacidade total - 379010 x 1000m3
Capacidade útil - 347910 x 1000m3
Nível de pleno armazenamento (NPA) - 338 m
Nível de máxima cheia (NMC) - 339 m
Nível mínimo de exploração (Nme) - 280 m
Capacidade total - 379010 x 1000m3
Capacidade útil - 347910 x 1000m3
Nível de pleno armazenamento (NPA) - 338 m
Nível de máxima cheia (NMC) - 339 m
Nível mínimo de exploração (Nme) - 280 m
Túnel de restituição - Tem 5 km de comprimento, tem um diâmetro de 9 metros, o equivalente a 1 prédio de 3 andares e debita 250 metros cúbicos por segundo.
A agua é tanta que tiveram de realizar na jusante um outro aproveitamento, chamado Touvedo, que é um aproveitamento de encaixe. Houve a necessidade de fazer isto, pois, se isto debitasse tudo assim, levava tudo a frente, não havia pescador, pessoa, que resistisse e por isso haveria muitas mortes. Então fizeram um aproveitamento a 17 km de lá, que retêm toda esta água, é o chamado aproveitamento por encaixe. Primeiro segura a água e depois vai libertando-a lentamente, pois tem uma torbina de 25 mgwts.
Elevador de peixes
Como o caudal do rio lima é uma zona de Lampreia, e de outros peixes, com a construção da barragem essas espécies podiam vir a desaparecer, pois tinham-lhes cortado o caminho. Então o ministério do ambiente, a Quercus queixavam-se logo dizendo que iam matar os peixes todos. Para combater isto antigamente havia as escadas de peixe, mas elas não podem passar de 18/19 metros. E a nossa barragem tem mais do que isso, então inventaram o elevador. Atrai os peixes e depois é automático o elevador sobe, desce.
Condutores eléctricos
Os condutores eléctricos, como o próprio nome diz conduzem a energia, do local onde ela é produzida até as centrais.
O facto de terem amplitudes térmicas muito grandes, origina condensações dentro da conduta.
Por tudo isto, o perigo de uma descarga eléctrica era iminente por isso houve a necessidade de proteger nos ser humano. Por isso é que estão protegidos por tubos amarelos, e tem ar quente a circular, lá dentro.
Sala de automatismos
Esta barragem está ligada com o centro nacional de telecomunicações que se encontra na régua.
A sala de automatismos faz a gestão de todo o equipamento.
E fazem isso sozinhos. Eles se detectarem alguma avaria em alguma maquina eles automaticamente retiram-na de funcionar.
Algumas coisas a saber:
Foi a 1 central da península Ibérica a ser certificada com o prémio de segurança e Prevenção do trabalho.
Este aproveitamento hidroeléctrico foi galardoado, em 1994, com o IV Prémio Internacional Puente de Alcântara, instituído pela Fundação San Benito de Alcántara (Espanha), galardão que distingue as obras públicas de maior importância realizadas em Espanha, Portugal e países Latino-Americanos.
Trabalho realizado por: Daniela Alves nº8 10c