Hoje, quando definimos a democracia, entendemos que este seria o “governo”, “do povo”. Ao falarmos que o “governo pertence ao povo”, compreendemos que a maioria da população tem o direito de participar na vida política do seu tempo. De facto, nas democracias contemporâneas, os governos tentam ampliar o direito ao voto e minimizao muitas restrições que possam impedir a participação política dos cidadãos.
Analisemos entao a democracia Portuguesa. Em Portugal qualquer pessoa, seja ela homem ou mulher, apartir dos 18 anos pode participar na vida politica atravez do voto. Além disso, a nossa constituição não prevê nenhum entrave de ordem religiosa, econômica, política ou étnica para aqueles que desejem escolher seus representantes políticos. Até os analfabetos, que á décadas atrás eram equivocadamente vistos como “inaptos”, hoje podem dirigir-se às urnas.
Para os gregos, a noção de democracia era bastante diferente da que hoje experimentamos e acreditamos ser “universal”. A condição de cidadania era estabelecida por pressupostos que excluíam boa parte da população. Os escravos, as mulheres, os estrangeiros e menores de dezoito anos não podiam exercer o seu direito de cidadania. Tal opção não envolvia algum tipo de interesse político, mas assinalava um comportamento da própria cultura ateniense.
Entao podemos ver que ao longo dos tempos a democracia tem-se tornado cada vez mais abrangente.